De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde mental é o estado de bem-estar individual, na qual pode-se: lidar com situações estressantes normais; trabalhar produtivamente; contribuir com sua comunidade; construir seu próprio potencial.

As desordens relacionadas à saúde mental são denominadas distúrbios da saúde mental, podendo expressar-se no humor, pensamento e comportamento dos indivíduos afetados.

O Brasil é o país que apresenta maior prevalência de depressão na América Latina.

Ainda, segundo a OMS, o Brasil é o país que apresenta maior prevalência de depressão na América Latina. É também o país mais ansioso do mundo. E, para profissionais da mente humana, a solidão é reconhecida como um gatilho – um impulsor – de transtornos de humor.

PANDEMIA – Há dois anos essa palavra tornou-se presente em praticamente todos os diálogos ao redor do mundo. Temos visto, com esperança, esse período caminhando para o fim.

Ao longo desse tempo, muito foi dito sobre as ações preventivas, e cuidados em relação à saúde física; como uso de máscara, distanciamento social, uso de álcool para higienizar as mãos e demais superfícies, e tantas outras recomendações indispensáveis para o momento. Não quero de maneira alguma reduzir a importância dessas ações.

Mas quero chamar a sua atenção para um outro cuidado menos discutido, e, por vezes, negligenciado: o cuidado com a saúde mental.

 

 

Na prática, a pandemia acabou intensificando os quadros de ansiedade e depressão e desestabilizando doenças pré-existentes que estavam controladas. Além disso, novos casos proliferaram e a busca por tratamento aumentou. E o número de pessoas com questões psicológicas provavelmente é muito maior, pois muitos não buscam ajuda.

Os impactos da disseminação do corona vírus, e tantas outras situações que nos deixam em estado de alerta, tem aumentado a incidência de sintomas psíquicos e transtornos mentais.

Cada indivíduo reage de maneira diferente à situações de estresse; isso depende de sua formação, sua história de vida, suas particularidades e da comunidade em que vive.

Cerca de 30% das pessoas que tiveram covid-19 vão desenvolver algum sintoma psiquiátrico.

E não é só o ambiente da pandemia que causa alterações na saúde mental, mas a própria doença também. Alguns estudos mostram que cerca de 30% das pessoas que tiveram covid-19 vão desenvolver algum sintoma psiquiátrico, segundo o psicanalista Bernardon. A covid-19 é uma doença nova, e muito ainda está sendo pesquisado. Mas já sabemos que há pessoas desenvolvendo sintomas que não tinham antes, como distúrbios do humor, ansiedade, indisposição (fadiga crônica), problemas de memória e dores crônicas.

Dentre tantos sintomas psicológicos neste período, destaco os mais comuns:

 

Medo de morrer, de contrair a doença ou de que alguém próximo contraia;

Medo de perder a fonte de renda;

Desesperança;

Alterações do sono e concentração;

 

 

Solidão, tédio e depressão devido ao isolamento;

Fobia social;

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Raiva, irritabilidade, sentimento de impotência;

Ansiedade ou outras reações de estresse ligadas a notícias falsas, alarmistas ou sensacionalistas, e mesmo ao grande volume de informações circulando;

Relacionamentos desestruturados ou abusivos.

 

Estes são alguns poucos sintomas e consequências psicológicas que estamos expostos, e se não compreendermos os sinais de alerta, olhando para dentro de nós mesmos, a situação toma proporções catastróficas.

O QUE FAZER?

Filtre as notícias

Não podemos ficar reféns das notícias que chegam, mas é necessário filtrar, principalmente o que recebemos.

Estabeleça uma rotina

Estabelecer uma nova rotina é a estratégia mais eficaz para lidar com o momento e manter a mente ativa e positiva.
Ficar sem fazer nada, no ócio, pode gerar tristeza e ansiedade. É importante estar com a mente ocupada.

Mantenha o contato social, mesmo à distância

Conecte-se, compartilhe seu dia e suas experiências, fale mais com as pessoas e saiba pedir ajuda.

Podemos estar isolados em casa, mas continuamos rodeados de pessoas na mesma situação

Lembre-se do autocuidado

Faça o que você gosta, escolha músicas, livros, séries, filmes… Separe um tempo para meditar, relaxar, cozinhar algo especial ou fazer um exercício físico.

Portando, agora, olhe para dentro de si. Alguns desses sentimentos tem sido frequentes em você?
Precisa de ajuda para identificar ou lidar com isso?
Não deixe para depois.
Não é frescura; é saúde!

Isso vai passar, e você vai passar por isso.
Entre em contato comigo; eu posso te ajudar.

 

– Hellen V. Neves – Terapeuta Comportamental & Treinadora